AUTARQUIAS TEMEM SUSPENSÃO DE INCINERADORA EM PORTUGAL
2004-02-12
Os municípios dos distritos de Coimbra, Aveiro e Leiria, em Portugal, temem que a construção de uma incineradora no Litoral Central não se concretize, devido à intransigência do governo em avançar apenas com um quarto do custo previsto da obra. Na terça-feira (10/2), o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, admitia impedir a construção da incineradora, garantindo que não admitirá nunca que o projeto arranque sem que fique assegurado que o Estado entrará com metade do valor previsto para o empreendimento, cujo total é de cerca de 150 milhões de euros. A autarquia é a segunda maior acionista da Empresa de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro (ERSUC), depois do Estado, que detém 51% do capital. O projeto da ERSUC inclui um sistema de coleta seletiva de resíduos, outro de tratamento orgânico, uma unidade energética de queima (incineração) e outra de compostagem. O ministro do Meio Ambiente, Amílcar Theias, afirmou que qualquer apoio direto do Estado não está definido. Segundo ele, em um mês e meio uma assembléia-geral da ERSUC vai avaliar o problema. No próximo dia 10 de março, em Coimbra, os acionistas da ERSUC decidem se o projeto avança ou não, face à resposta do governo. (Ecosfera, 12/2)