A Comissão Européia alertou ontem (9/2) para a necessidade urgente de serem acordadas medidas concretas para reduzir a perda de biodiversidade no âmbito da sétima Conferência das Partes (COP7) da Convenção de Biodiversidade, que começou nesta segunda-feira em Kuala Lumpur, Malásia, e que termina no dia 27 de fevereiro. Na COP7, onde vão participar 188 partes, Bruxelas espera chegar a um acordo para a criação de uma rede global de áreas protegidas, indicadores que medem a biodiversidade e reforçam o acesso a recursos genéticos e partilha equilibrada dos benefícios da sua utilização. O sucesso da COP7 depende da prioridade dada à ligação entre a proteção das espécies e a erradicação da pobreza, defende a Comissão Européia. –Kuala Lumpur deve ser um ponto de virada para a ação, disse a comissária européia para o Ambiente, Margot Wallström, que vai participar na conferência ministerial de 18 a 19 de fevereiro. A Comissão Européia defende a implementação da Convenção sobre Biodiversidade nos países em desenvolvimento, uma vez que eles abrigam a maioria da biodiversidade mundial. – Temos apenas seis anos até 2010, o ano em que os líderes mundiais se comprometeram a reduzir de forma significativa a perda de biodiversidade. Não podemos nos dar ao luxo de falhar. Os primeiros a sofrer com o desaparecimento de ecossistemas serão os pobres do mundo, cuja sobrevivência diária depende diretamente da biodiversidade, disse Wallström. A COP7 vai analisar ainda propostas para transferência de tecnologias e conhecimentos de conservação, bem como a importância do monitoramento das espécies através de um sistema específico. (Ecosfera 10/02)