CRESCE NÚMERO DE CRIANÇAS VULNERÁVEIS AO MERCÚRIO NOS EUA
2004-02-09
Uma nova análise realizada pela Agência Norte-americana de Proteção Ambiental (EPA) estima que cresceu o número de crianças recém-nascidas sob risco de problemas de saúde em função de exposição, ainda em fase uterina (pré-natal); ao mercúrio. O levantamento mostra um total aproximado de 630 mil crianças nascidas entre 1999 e 2000 com níveis preocupantes de mercúrio no sangue. Conforme informações da EPA, foram revisadas as estimativas que apresentam diferenças entre os níveis de mercúrio no sangue de mulheres grávidas e em seus bebês ainda não nascidos. No último dia 26 de janeiro, durante uma apresentação do Fórum Nacional de Contaminantes na Pesca, realizado pela EPA em San Diego (Califórnia), a bioquímica Kathryn R. Mahaffey disse aos pesquisadores que nos últimos anos os índices de mercúrio averiguados nos cordões umbilicais de fetos eram 70% maiores que os registrados no sangue das respectivas mães. -Sabemos que os efeitos do metil mercúrio sobre o sistema nervoso fetal são muito sérios, disse Mahaffey. -Mas pensávamos que mães e seus futuros bebês tivessem as mesmas proporções, acrescentou. O mercúrio é um metal pesado que causa danos sérios e irreversíveis ao tecido nervoso. Pode levar a criança a apresentar não apenas problemas motores, mas a desenvolver retardo mental ou distúrbios de aprendizagem. (Washington Post, 7/2)