A União Européia começa a intensificar o debate para a unificação de regras para o comércio dos créditos de carbono entre os seus Estados membros. No centro das discussões estão no preço da tonelada de gás e a cota de participação de cada país no mecanismo. Até 2010 a UE precisa diminuir 8% das suas emissões de CO2 se quiser se enquadrar nas metas do protocolo de Kyoto. O problema é que há grandes diferenças no consumo energético e na emissão de poluentes entre os países. A Alemanha é um típico exemplo. O país precisa reduzir apenas cerca de 2% das suas emissões para atingir a meta de 846 milhões de toneladas de CO2 anuais estipuladas até 2012 pelo protocolo climático. Por outro lado a indústria e a sociedade alemãs, são o maior consumidor de energia da Europa. – A indústria alemã deverá entrar no sistema de cotas de carbono como pagador, pois evita economizar energia, acredita a comissária de Meio Ambiente da UE, Margot Wallström. Já os pragmáticos das finanças de Berlin resistem contra essa hipótese. – A economia alemã não precisa do comércio de emissões para atingir sua meta de proteção do clima, contrapõe o ministro da Economia alemão, Wolfgang Clement. (Die Zeit - 05/02)