Cerca de 1,8 mil britânicos morrem por ano em função de câncer relacionado ao asbesto (amianto), um mal crônico que pode levar até 50 anos para se manifestar após a exposição contínua da pessoa a esta substância química. Médicos britânicos garantem que a epidemia não atingirá seu pico ainda nesta década. Eles estão trabalhando firmemente em pesquisas para determinar até que ponto cirurgias radicais em membranas ao redor dos pulmões oferecem esperança contra a ameaça de câncer letal nesses órgãos. Autores de um editorial publicado recentemente no British Medical Journal, prevêem que a taxa de mortalidade por causa da doença subirá para 2 mil casos por ano entre 2015 e 2020. – Não há nada que possamos fazer para prevenir câncer de pulmão em trabalhadores expostos a asbestos nas décadas de 50, 60 e 70, dizem Tom Treasure e Simon Swift, do Hospital Guy, de Londres. Conforme os médicos David Waller, do Glenfield Hospital, de Leicester, e Julian Preto, do Instituto de Pesquisas do Câncer, de Sutton, somente no mundo desenvolvido, cerca de 100 mil pessoas ainda estão para morrer, nos próximos 25 anos, por causa de exposição ao asbesto. (The Guardian Unlimited, 30/1)