BUSH TAMBÉM PROMETE O FIM DO USO DA SUBSTÂNCIA
2004-02-04
Mas Kerry não foi o único a tropeçar na questão do MTBE. Na semana passada, na campanha pelas primárias presidenciais em New Hampshire, o atual presidente, George W. Bush, colocou uma bomba nesse debate, prometendo aceitar a versão preliminar da administração de New Hampshire, que requer a extensão, para todos os Estados, de um programa sob o Clean Air Act, a maior lei sobre poluição atmosférica nos Estados Unidos. Segundo esse programa, a gasolina só poderia ser aditivada com produtos que a fizessem queimar de forma mais limpa. Partidários de Bush lembraram que a EPA, agência norte-americana de proteção ambiental, rejeitou a mesma iniciativa feita em 1999 pelo governador da Califórnia Gray Davis, do Partido Democrata. Conforme a EPA, o Estado da Califórnia falhou ao estabelecer uma alternativa viável para substituir a prevenção de poluição ao ar proporcionada pelo MTBE. Houve a determinação de reduzir-se o consumo de sprays como os de pintura para cabelos para permitir um aumento nas emissões aéreas de automóveis. Ambientalistas argumentam que a decisão da EPA poderia contribuir pouco para aliviar os problemas de New Hampshire relacionados ao MTBE. Poucos fornecedores de gasolina estão produzindo misturas de combustíveis isentas de MTBE que poderiam ser facilmente levadas àquele Estado, conforme argumenta Kent Finemore, da Divisão de New Hampshire do Departamento de Serviços Ambientais. E, além disto, conforme ele, provavelmente não há muitos fornecedores querendo fazer gasolina exclusivamente para o pequeno mercado de New Hampshire. - Francamente, esta decisão da EPA possivelmente não iria contribuir para a solução de nosso dilema, diz. Nem mesmo o governador Craig Benson, do Partido Republicano, está convencido de que algo iria melhorar com esta medida, embora espere que seu Estado ainda possa dar andamento às ações judiciais contra os fabricantes de MTBE. (Grist Magazine, 29/1/2004)