EMISSÃO DE CO2 GERA DIVERGÊNCIAS ENTRE ALEMANHA E FRANÇA
emissões de co2
2004-02-04
A aplicação da diretiva européia sobre comércio de direitos de emissões de CO2 (dióxido de carbono, um dos seis gases do efeito estufa previstos pelo Protocolo de Kyoto com controle obrigatório) causa divergências entre os ministros do Meio Ambiente da Alemanha, Jürgen Trittin, e da França, Roselyne Bachelot. Eles têm opiniões divergentes quanto ao número de indústrias aos quais serão impostas reduções de CO2 e que poderão trocar esses direitos.
O Protocolo de Kyoto, finalizado em dezembro de 1997, obriga a limitar as emissões de seis gases (entre os quais dióxido de carbono, CO2; metano, CH4; dióxido de nitrogênio, NO2; e outros compostos à base de hidrogênio, flúor, carbono e enxofre), a níveis em que eram emitidos em 1990, durante o período 2008-2012, em proporções diferentes segundo cada país. Para que entre em vigor, deve ser ratificado por um mínimo de 55 países responsáveis por 55% das emissões dos países industrializados. Como os EUA somam 36,5% das emissões e abandonaram o protocolo em 2001, é necessário que quase todos os outros países ratifiquem Kyoto. Até agora, 111 países já o fizeram, totalizando 44,2%. A Rússia somaria 17,4%. Formalmente, compete à Duma (Parlamento russo) a ratificação do protocolo mas, na prática, é o presidente Vladimir Putin quem terá a última palavra. Os defensores de Kyoto lembram que a Rússia terá muito a ganhar com a venda de direitos de emissão à União Européia e ao Japão. (Ecosfera, 3/2/2004)