VALOR ECONÔMICO DA ÁGUA. REVISÃO CRÍTICA DA ABORDAGEM NEOCLÁSSICA
2004-01-23
RESUMO: A água sempre foi tida como bem abundante desprovido de importância econômica, não obstante sua essencialidade para a vida. Entretanto, em virtude da brutal elevação da demanda, decorrente do alto nível de exigibilidade da civilização urbana-industrial, ela tem passado cada vez mais a ser encarada como recurso escasso, cujo uso deveria ser cobrado. Nessas condições, ganha relevância a discussão em torne do seu efetivo valor econômico.
A concepção dominante, elaborada pela teoria neoclássica, considera que o valor de um bem provém da avaliação do consumidor, manifesta em sua disposição a pagar. Muitas críticas, no entanto, têm sido levantadas à aplicação deste enfoque para a água, uma vez que privilegia o caráter utilitarista da avaliação. Com a irrupção de novos paradigmas do conhecimento científico, diversas abordagens têm-se apresentado no sentido de ampliar ou de modificar a concepção neoclássica. O presente trabalho tem pôr objetivo analisar a inserção da água no campo da economia e discutir os fundamentos teóricos de sua valoração. Para tanto, é realizada a uma revisão da abordagem neoclássica, destacando-se as limitações que tal concepção apresenta para lidar com recursos ambientais como a água.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP).
Autor: Sergio Sayeg.
Contato: Mestrado de Ciência Ambiental (11) 3091-3116/3121.