Animais marinhos surgidos entre 600 e 450 milhões de anos atrás, com maior percentagem de espécies produtoras de antibióticos, antitumorais e antivirais: são os poríferos ou esponjas. Apesar de seu potencial econômico, principalmente para a indústria farmacêutica, esses animais ainda são pouco conhecidos e estudados no Brasil, o que acaba facilitando a biopirataria. O alerta é de um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), coordenados pela bióloga Gisele Lobo Hajdu, que estuda a variabilidade genética das esponjas brasileiras. - As esponjas brasileiras são coletadas no litoral, em áreas sem controle do IBAMA, ou mesmo clandestinamente, em áreas protegidas. O material é dividido em extratos para serem testados em laboratório. Os extratos que dão resultados positivos são liofilisados (tornam-se pó) e enviados para Alemanha, Japão e outros países, onde serão dosados, testados clinicamente e patenteados – explica Gisele Hajdu. (Diário Carioca, 19/01)