UTILIZAÇÃO DO LODO DE ESGOTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO NA AGRICULTURA
2004-01-16
RESUMO: A utilização do Iodo gerado na Região Metropolitana de São Paulo na agricultura O objetivo deste estudo é avaliar a possibilidade de utilização do Iodo de esgoto gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto da Região Metropolitana de São Paulo na agricultura . A metodologia baseia-se na interdisciplinaridade e no entendimento de que os compartimentos do ambiente se relacionam entre si de uma forma dinâmica. Foi feita uma caracterização da região em que o Iodo de esgoto é produzido e da região agrícola em que se arbitrou que este poderia ser utilizado ( um raio de 1OO km a partir do centro de São Paulo ). Foi elaborado um mapa de restrições de uso de solo em relação a utilização de lodo. Este mapa teve as restrições baseadas nos seguintes critérios: pH, textura do solo e relevo. Foi feita uma descrição do tratamento e da produção do resíduo, do potencial de utilização e dos impactos negativos potenciais, especialmente àqueles relativos às concentrações de metais pesados. Foi feita uma revisão da legislação incidente sobre o tema em que observou-se que existe uma grande diferença entre os níveis de metais pesados aceitos nas normas dos países. No Estado de São Paulo ainda não há norma específica para utilização de Iodo de esgoto na agricultura. Um item do trabalho foi reservado para discutir o enquadramento da utilização agrícola do lodo nos conceitos de tecnologia apropriada e desenvolvimento sustentável. Na análise, foram feitas as relações entre todos os aspectos levantados na revisão de literatura, donde concluiu-se que a utilização de Iodo na agricultura é compatível com os princípios do desenvolvimento sustentável e de tecnologia apropriada, desde que os impactos ambientais negativos sejam minimizados, especialmente em relação aos metais pesados. Para que isso ocorra há necessidade de uma articulação entre os vários setores do governo, da iniciativa privada e da representação civil da sociedade.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP).
Autor: Paulo Roberto David de Araújo.
Contato: Mestrado de Ciência Ambiental (11) 3091-3116/3121