MÉTODOS DE AMOSTRAGEM PARA MANEJO SUSTENTADO DE PLANTAS MEDICINAIS DE MATA ATLÂNTICA NO VALE DO RIBEIRA - SP
2004-01-15
RESUMO: O manejo de plantas em ecossistemas naturais, está condicionado à avaliação e monitoramento da população vegetal a ser manejada dentro de um bioma. Isto é obtido através do inventário florestal contínuo. Foram selecionadas para este estudo, com base em critérios pré-estabelecidos, um grupo de seis espécies arbóreas, uma arbustiva e duas herbáceas com emprego medicinal, presentes em áreas de concentração da atividade de extração de plantas medicinais na região do Vale do Ribeira. A estratificação regional e da área alvo (empregando SIG/IDRISI), baseada na cobertura vegetal e classes de declividade do terreno, subsidiou a seleção das áreas para amostragem de campo e possibilitou a infer6encia dos resultados obtidos para os estratos com características similares. Para as plantas arbóreas e arbustivas, foram testados os métodos de amostragem Sistemático e Estratificado aleatório, tamanhos de parcelas, calculada a intensidade amostral e o erro amostral e avaliada a dinâmica das espécies no período entre as três mensurações realizadas. Para as plantas herbáceas foram testados três tamanhos de parcelas, implantadas sistematicamente, sendo a biomassa estimada a partir do corte de todos os indivíduos da parcela. Para todas as plantas, foi testado ainda, por análise de regressão, modelos para estimativa de biomassa da parte medicinal, usando como variável resposta a biomassa útil e como variáveis explicativas, o diâmetro, área basal e outras variáveis mensuráveis de acordo com as características de cada planta. Amostras destes materiais vegetais foram secas, empregando dois sistemas distintos (forno e estufa), de forma a obter a taxa de conversão de peso úmido em peso seco (PU:PS). A orientação do trabalho considerou as atividades dos extratores, sendo que a metodologia de pesquisa foi definida a partir da forma tradicional de extração e beneficiamento. Os resultados obtidos, podem orientar tanto o extrator quanto os órgãos de fiscalização (IBAMA e DEPRN), na aplicação de metodologias básicas ao manejo sustentado de plantas medicinais do Vale do Ribeira, contribuindo assim, para a conservação da Mata Atlântica e melhoria da qualidade de vida da população da região.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP).
Autora: Sandra Pavan.
Contato: Mestrado de Ciência Ambiental (11) 3091-3116/3121