ENTIDADES PREOCUPADAS COM NOVA LEI DE OGMs NA ALEMANHA
2004-01-15
Entidades ambientalistas e de defesa dos consumidores da Alemanha mostraram contrariedade com o projeto de lei para plantio e venda de trasngênicos no país, anunciado na terça-feira (13/03) pela ministra de Defesa do Consumidor, Alimentação e Economia Agrícola, Renate Künast. A presidente da Associação Alemã de Consumidores, Edda Muller, se disse desapontada com a proposta e criticou as regras para garantir a separação entre OGMs e plantações convencionais, além da responsabilização dos agricultores quanto a efeitos indesejáveis que possam ocorrer a partir dos transgênicos. —Os plantadores vão arcar sozinhos com os riscos desse processo?, questionou. A crítica foi seguida pelo presidente da Associação Alemã de Agricultores, Gerd Sonnleitner, que ressaltou a pouca experiência e a falta de segurança com esses produtos. O Greenpeace atacou o sistema de percentuais estipulado na nova lei para a identificação dos produtos postos à venda. Pelo projeto de lei, todo produto que seja constituído por 1% ou mais de transgênicos deve ser identificado como OGM. —Não há estrutura disponível para garantir que um alimento é 100% livre de transgênicos, garante Jochen Wettach, gerente de pesquisa da Stiftung Warentest, uma das instituições que realiza certificação de orgânicos no país. —Teremos como alternativa nos supermercados produtos com mais ou com menos quantidades de transgênicos, mas não livres deles, acredita.