O braço-de-ferro que levou a administração Bush a colocar a Greenpeace em tribunal, por um protesto dos ativistas em Abril de 2002 contra o tráfico de mogno, pode ficar resolvido este mês se um juiz aceitar a moção apresentada pelos ecologistas para encerrar o processo. A organização acusou ontem (06) o Governo dos EUA de ameaçar a liberdade de expressão. A organização ecologista internacional acusou a administração Bush de estar a tentando silenciar uma das vozes mais críticas nesta matéria, desde o início do mandato. Em causa está o protesto realizado a 12 de Abril de 2002 por ativistas da Greenpeace para chamar a atenção para o abate ilegal de mogno na Amazônia e para o fracasso de Washington em fazer cumprir a proibição da importação desta madeira. A bordo de dois barcos insufláveis Zodiac, um grupo da organização interceptou o navio APL Jade, que transportava 70 toneladas de mogno vindo da Amazônia, perto do porto de Miami. Dois dos seus membros subiram a bordo mas foram detidos pelas autoridades antes de desenrolarem a faixa que levavam: Presidente Bush: Pare com o Abate Ilegal. Seis ativistas foram detidos. (Ecosfera, 06/01)