ESTADO DIVERGE SOBRE POLUIÇÃO
2004-01-06
Um dos locais preferidos para o surfe em Torres, na divisa do Estado com Santa Catarina, o ponto foi excluído das medições semanais por ser historicamente degradado. A FEPAM sustenta ser perda de tempo e dinheiro analisar uma área tão poluída. A decisão colocou em contradição dois órgãos do governo estadual. A FEPAM considera a área imprópria para banho, baseando-se em repetidas provas de poluição que culminaram em agosto. Um teste apontou 16 mil coliformes fecais em 100 ml, índice 16 vezes maior do que o tolerável, mesmo sem a população de verão. A Fepam suspendeu as medições e passou a responsabilidade de controle à CORSAN, que em dezembro inaugurou uma estação de tratamento de esgoto no rio. Contestando o órgão ambiental, a CORSAN passou a defender o banho no trecho, historicamente o ponto mais poluído do litoral gaúcho. Para isso, baseia-se em um teste de 31 de dezembro, no qual a poluição no local teria caído para apenas dois coliformes para cada 100 ml. Enquanto os órgãos não se acertam, banhistas e surfistas estão expostos a doenças. Sem sinalização, o canal é utilizado por surfistas para chegar ao mar, fugindo da arrebentação. Na junção do rio com o oceano, eles encontram ondas generosas pela presença dos molhes. (ZH/24)