PICHE NA PRAIA CONTINUA SEM SOLUÇÃO NA EUROPA
2004-01-06
Por Mariano Senna da Costa, de Berlim
Ambientalistas alemães estão reivindicando solução para um problema da sua costa do Mar do Norte, mas que existe em praticamente todas as regiões costeiras do planeta. O óleo velho despejado por navios em alto mar. Na véspera do feriado de fim de ano um grupo de voluntários do Greenpeace promoveu um mutirão de limpeza na ilha de Sylts, entre a Dinamarca e a Holanda. O piche recolhido por eles ao longo dos 25 quilômetros de praia foi usado para ressuscitar o debate sobre o problema. — A proposta é que os portos tenham serviços gratuitos de recebimento de óleo usado, explica Christian Bussau, coordenador da ação da ONG. A idéia não é nova e tem a simpatia de boa parte dos políticos e empresários. O que impede sua implantação são dois fatores de ordem estrutural. O primeiro é que para ser eficaz a medida precisaria ser implantada em todos os países costeiros da Europa. — Não há como saber a procedência do óleo recolhido em Sylts, informa Bussau. A outra barreira para a solução do piche é a falta de estrutura para a fiscalização do tráfego marítimo. Autoridades alemãs estimam que anualmente ocorram no Mar do Norte 160 mil viagens marítimas. Dessas, apenas 590 aproximadamente são controladas.