—Comecei a contatar outros cientistas, como o doutor Arpad Pusztai, o maior expert em teste de segurança de transgênicos, que em 1996 recebeu um financiamento do governo britânico para, com sua equipe do Rowett Institute, na Escócia, elaborar testes de segurança para os transgênicos. Na época, ele trabalhava para o governo britânico e esperava que seu modelo fosse usado em toda a Europa. Dois anos após o início da pesquisa, em 1998, ele verificou que os ratos alimentados com um tipo de batata geneticamente modificada, supostamente própria para o consumo humano, sofriam graves danos no sistema imunológico, desenvolviam cérebro, fígado e testículos menores, problemas digestivos e de crescimento das células intestinais, que poderia ou não ser pré-cancerígeno, não sabemos. Foi quando o doutor teve autorização para divulgar essas informações e foi à televisão. Dois dias depois o diretor do Instituto, Phillip James, o demitiu e desagregou a equipe de vinte membros que trabalhava no projeto —, conta em entrevista. Um dos produtos avaliados por Pusztai foi a soja Roundup Ready. (Caros Amigos/37, dezembro/2003)