No Brasil, a volta do álcool nos motores bicombustível não deixou de ser surpreendente, quando se sabe que o Programa do Álcool (Proálcool), implantado de forma improvisada nos anos 80, teve efeitos devastadores na economia popular. Além dos motores que engasgavam, a falência repentina do Proálcool reduziu a pó o valor residual dos veículos movidos pelo combustível, que virou açúcar para exportação. Nessa nova fase, os argumentos das indústrias automobilísticas são o preço sempre em elevação da gasolina, a má qualidade do combustível e a possibilidade de escolha do consumidor. Os atuais motores bicombustível têm tecnologia 100% mais avançada do que dos motores a álcool de 20 anos atrás. A sonda Lambda analisa os gases do escapamento e envia uma mensagem, em milésimos de segundos, ao computador central, que realiza as mudanças necessárias na injeção de combustível e ponto de ignição. Isso propicia o funcionamento ideal do motor com álcool, gasolina ou na mistura em qualquer proporção dos dois combustíveis. (CP/11)