EM WASHINGTON, PREOCUPAÇÃO É PREVENIR EXTINÇÕES
2001-08-07
O deslocamento das espécies, em função do aquecimento global da atmosfera, não ocorre de forma homogênea. Cada espécie tem uma velocidade de migração e uma capacidade de adaptação diferente. Para evitar a extinção em massa das espécies, que não têm para onde se deslocar por estarem cercadas, a equipe de especialistas em Biologia da Conservação, em Washington, vem trabalhando com modelos de corredores biológicos, com auxílio de imagens de satélite e simulações em computador. O objetivo é unir reservas naturais, sejam parques, áreas de proteção ambiental, reservas legais ou simples capoeiras, reconstituindo a vegetação nativa, de modo a permitir mudanças latitudinais e longitudinais de larga escala. A prioridade é para os ecossistemas de alta biodiversidade, que já tenham perdido mais de 70% de sua cobertura vegetal original, os chamados hot spots. No Brasil, a Mata Atlântica e o Cerrado são os dois hot spots que integram a lista internacionais de áreas mais ameaçadas. Os outros hot spots do mundo, onde sua equipe está criando os corredores de paisagem são os Andes Tropicais, cuja biodiversidade depende do relevo acentuado, migrando das baixas altitudes para o topo das montanhas; as florestas de Madagascar, na África; as matas das Filipinas e as florestas da China. (OESP, 06/08)