SEMINÁRIO ABORDA SANEAMENTO BÁSICO NA CAPITAL
2003-12-15
Vários são os comprometimentos para que haja um eficaz sistema de saneamento básico em Porto Alegre. O esgoto cloacal é misturado ao pluvial, a impermeabilização do solo e a falta de manutenção de rede causam alagamentos na Cidade e apenas uma parte do esgoto é tratada. Além disso, a Capital tem 28 arroios, todos são poluídos e descaracterizados por canalizações. Essas são algumas considerações abordadas sexta-feira (12) no seminário Saneamento Básico em Porto Alegre, promovido pela Câmara de Vereadores com apoio da AGAPAN O engenheiro do DEP, Marcos Cruz, enfatizou que a topografia de Porto Alegre é um dilema para as questões de drenagem, sobretudo a partir da década de 60, com a aceleração do crescimento urbano principalmente nas periferias. Com a ocupação vem o lixo obstruindo o escoamento natural dos arroios, além do direcionamento do esgoto cloacal. Cruz falou sobre o problema dos alagamentos, salientando que nos arredores da Avenida Göethe, é particularmente perigoso, nas enxurradas, o rompimento de alguma rede que colocaria em risco de vida a população. A representante do DMAE, engenheira Odete Vieiro, destacou que para o tratamento de esgotos, as lagoas de estabilização têm a preferência, pois o custo de implantação e operação é menor. Segundo ela, atualmente 27% do esgoto da Capital são tratados e a previsão é de que em sete anos esse
percentual passe para 77%. A responsabilidade desses números fica por conta do Projeto Ponta da Cadeia (80 quilômetros de rede) estação de tratamento de efluentes que será construída em 300 hectares de área, na Ponta Grossa.