INDÚSTRIAS DE CUBATÃO VAÕ INVESTIR EM SOLUÇÃO PARA LIXO QUÍMICO
2003-12-11
As indústrias de Cubatão vão investir até R$ 60 milhões para solucionar os problemas causados pela deposição de resíduos químicos tóxicos, ao longo das últimas quatro décadas, no fundo do estuário de Cubatão-Santos. Além de provocar danos ambientais, o acúmulo desse material está prejudicando a navegação, porque o canal não é dragado desde 1997. Se não houver autorização para enterrar esses resíduos em valas de até três metros de profundidade no leito do próprio canal, conforme a proposta, empresas como a Cosipa e a Ultrafertil sofrerão prejuízos elevados por falta de acesso por via marítima, já a partir do final do próximo ano. Atualmente, navios de calado profundo estão raspando o fundo do canal, espalhando os resíduos, agravando o quadro de poluição ambiental e correndo o risco de encalhar. O projeto de confinamento desse material químico (liberado pelas indústria ou arrastado desde a Represa Billings pela vazão do Rio Cubatão, que se misturou à lama) foi apresentado na noite de segunda-feira, durante a primeira audiência pública promovida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, no Bloco Cultural de Cubatão. (A Tribuna/Cubatão, 10/12)