SEMA ANALISA ALTERNATIVA PARA O CULTIVO DE PEIXES
2003-11-28
Com o propósito de identificar e incentivar alternativas para a piscicultura gaúcha a partir de espécies nativas, evitando a importação de modelos exóticos que possam ocasionar desequilíbrio ambiental, a Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul está conhecendo diversas estações experimentais, inclusive em outros Estados. Na quarta-feira (26), o titular da pasta, José Alberto Wenzel, e a secretária-executiva do Programa Pró-Guaíba, Vera Callegaro, estiveram Estação de Piscicultura do município de São Carlos (Episcar), em Santa Catarina, onde se realizam pesquisas para preservação de espécies migratórias da Bacia do Rio Uruguai, numa parceria entre a Prefeitura e universidades regionais. O coordenador da Episcar, professor Evoy Zaniboni Filho, do Laboratório de Aquicultura da Universidade Federal de Santa Catarina, e o gerente do projeto, engenheiro agrônomo Marcos Weingertner, apresentaram as experiências com o jundiá, peixe nativo das águas do Sul do Brasil. Os testes comparativos demonstram que esta espécie brasileira tem características idênticas ou, em alguns aspectos, melhores para o cultivo do que os bagres americano, africano e europeu, também conhecidos como catfish. Para o secretário estadual do Meio Ambiente, José Alberto Wenzel, os peixes nativos têm as melhores características para desenvolvimento em cativeiro e comercialização nos mercados nacional e estrangeiro, pois também são muito saborosos. — Com esse trabalho, não queremos apenas rechaçar a idéia de criação de espécies exóticas e sim apresentar opções viáveis sob vários aspectos: manutenção do equilíbrio ambiental, oportunidade de acesso à piscicultura ao maior número de produtores possível e potencialidade de comércio e mercado, explica Wenzel.