MEIO AMBIENTE ESTÁ AUSENTE NA AGENDA DA ALCA, SEGUNDO ANALISTAS
2003-11-27
Apesar do claro vínculo entre comércio e meio ambiente, a agenda verde é completamente ignorada na batalha pela criação de um mercado único pan-americano, afirmam analistas. Houve muito pouco verde na conferência ministerial a portas fechadas que, nos dias 20 e 21 de novembro, discutiu a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), na cidade norte-americana de Miami. De fato, as questões ambientais influíram pouco desde o início do plano lançado na Cúpula das Américas de 1994, também em Miami, por 34 países do continente, todos menos Cuba. Existe amplo acordo na comunidade internacional sobre como o intercâmbio comercial e o fluxo de investimentos afetam o meio ambiente. Até a Organização Mundial do Comércio (OMC) reconhece que, sem políticas ambientais adequadas, a liberalização comercial pode levar a mais contaminação e a um uso não sustentável dos recursos, afirmam os pesquisadores da Universidade de Yale, Mônica Araya e Daniel Esty. Os acordos comerciais devem incluir um componente de política ambiental, e o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) poderia ser um bom modelo para a Alca, argumentam os autores do relatório Reduzindo a Brecha entre Comércio e Meio Ambiente da Alca. (Environmental News, 26/11)