TRÁFICO DE ANIMAIS MOVIMENTA MERCADO DE US$ 1,5 BI NO BRASIL
2003-11-27
Na semana passada, o Brasil, considerado o maior paraíso do mundo para os biopiratas, começou a ser visto também como um dos maiores repressores do tráfico de animais silvestres. O brasileiro Dener Giovanini recebeu das mãos do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o prêmio Sasakawa de meio ambiente, espécie de Nobel da área ambiental. A distinção - dividida com o chinês Xie Zhenhua - foi um reconhecimento por sua atuação como coordenador da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), organização fundada em 1999 que elabora estatísticas e treina policiais e fiscais para atuar num mercado que movimenta US$ 15 bilhões por ano (dos quais US$ 1,5 bilhão só no Brasil). O comércio de animais é a terceira maior atividade ilegal do planeta, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Muitas vezes, as três andam lado a lado em apreensões conjuntas de armas, drogas e araras ou, como destacou o delegado da Polícia Federal do Amazonas, Mauro Sposito, na CPI que investigou o assunto em 2002, na exportação de peixes ornamentais amazônicos em aqüários com cocaína diluída. A maior parte dos animais traficados abastece colecionadores e pet-shops internacionais, que pagam de acordo com a raridade da espécie. (ZH/Ambiente)