O pesquisador Carlos Eduardo Arns apresentou na terça-feira (18) durante o I Congresso Brasileiro de Agroecologia na PUCRS, os trabalhos do Grupo de Trabalho em Agroecologia (GTA) da Universidade de Chapecó (SC). O grupo nasceu em 1998 a partir de conversas entre alunos e professores do curso de Agronomia. A universidade mantém uma feira de produtos agroecológicos e coloniais dentro do campus, apoiando assim, segundo Arns, o desenvolvimento local e sustentável na geração de emprego. — Para tanto estamos capacitando pessoas através de cursos voltados à agroecologia, explica. Em Chapecó acontece todos os anos a Feira Sabor da Terra, com mais de 500 produtos oferecidos por 300 famílias, cujo objetivo é a integração entre consumidores e produtores. — Estamos buscando a certificação de todos produtos e produtores, lembra Arns. Uma pesquisa realizada pelo GTA constatou que a maioria dos produtores são descendentes de italianos e caboclos, com idade entre 25 e 65 anos. Na mesma pesquisa foram apontados os pontos fortes deste tipo de agricultura: o aparecimento de novos sistemas de cultivo e criação com uso de práticas e tecnologias ecológicas; boa relação com consumidores, participação em diversas frentes de lutas, processo avançado de agregação de valor ao produto. Os pontos fracos apontados foram a falta de mão-de-obra, falta de crédito adequado, deficiência de recursos naturais disponíveis, entre outros.