Meses após ser agredido ao flagrar o transporte ilegal de madeira da mata atlântica o secretário de Meio Ambiente de Maraú, Norberto Hess informou, durante a pré-conferência de Meio Ambiente, na Bahia, que a exploração continua. - Saem de lá em média 20 caminhões de madeira - disse ele. Hess está em tratamento de fisioterapia para a recuperação das seqüelas que sofreu dos cortes de facão em várias partes do corpo quando fotografava a passagem de um caminhão com madeira ilegal. Os agressores ainda estão foragidos. Para ele, a Polícia Civil não demonstrou muito interesse pelo caso. Sem delegado, promotor e até viatura policial na cidade, o caso está sendo acompanhado pelo promotor do município próximo, Ubaitaba. A falta de estrutura de policiamento e fiscalização deixa o campo livre para os degradadores. Situado na região baixo-sul da Bahia, o município de Maraú tem cerca de 30% do território (815 mil km2) ainda recobertos por Mata Atlântica em estágio avançado de regeneração, ocorrendo também mata primária em torno de 5%. Se computados as áreas de seringueira e cacau, a cobertura florestal chega a 30% do município, informou ele. (Jornal do Meio Ambiente, 18/11)