MEDIDA CONTRARIA COMPROMISSOS INTERNOS E COM A UE
2003-11-17
A manutenção dos subsídios anunciada pelo chanceler se levada a cabo tende a criar dois impasses para o governo alemão. O primeiro internamente. Desde 1997 o governo de Berlin tem um compromisso firmado para reduzir progressivamente o subsídio da atividade. Em 1998 eram 4,73 bilhões de Euros por ano. Esse ano serão 3,27 bilhões de Euros e até 2005 o valor deve cair para 2,66 bilhões. Essa tendência também é acompanhada pelo número de trabalhadores do setor. Hoje são 45 mil mineiros em atividade em toda Alemanha. Cerca de 3.200 a menos que em 2002. Até 2005 o compromisso firmado prevê 36 mil postos de trabalho nas minas. Ou seja, uma redução maior que 20%. Com o valor assegurado por Gerhard Schröder perde o sentido a meta de fazer o número de trabalhadores do setor carbonífero chegar a 20 mil até 2012. O segundo problema será com a União Européia. Pelo acordo hoje existente nas negociações do bloco, os subsídios para o setor do carvão devem acabar até 2010. — A declaração do Chanceler não corresponde ao compromisso com a UE, alerta o especialista em subsídios do CDU (partido de oposição ao governo Schröder) no Parlamento Europeu, Werner Konrad. A Comissária de Energia da UE, Loyola de Palácio, aguarda a confirmação da promessa do chanceler alemão para tomar alguma providencia. (M.S.C