CHANCELER ALEMÃO PROMETE MANTER SUBSÍDIOS AO CARVÃO
2003-11-17
Por Mariano Senna da Costa, de Berlim
A queda na popularidade e a crise nas urnas fizeram o governo do chanceler Gerhard Schröder adotar a tática do morde e assopra em termos de política ambiental. Enquanto o ministro do Meio Ambiente, Jürgen Trittin, fechava, na última sexta-feira (14) a primeira usina atômica do país, dentro do plano de renúncia à energia atômica, Schröder assegurava a empresários e trabalhadores do setor carbonífero 16 bilhões de Euros em subsídios até 2012. O anúncio foi feito durante as comemorações do Dia do Carvão, em Essen, uma das principais cidades da região carbonífera no Nordeste da Alemanha. — O carvão será ainda por muitos anos a espinha dorsal do setor energético alemão, discursou o chanceler. Para políticos e empresários da região a notícia foi mais que boa. — É uma ótima notícia para nossos mineiros e suas famílias e uma importante contribuição para a segurança energética da Alemanha, afirmou Werner Müller, presidente da RAG conglomerado que controla a Deutsche Steinkohle AG, mineradora alemã.