A partir de janeiro de 2004, o transporte de lixo hospitalar não será mais responsabilidade das prefeituras, mas dos próprios hospitais. A mudança vai se dar em cumprimento a uma resolução federal que define que os responsáveis pela produção de elementos poluidores devem financiar o seu descarte seguro. O médico da equipe técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Luís Carlos da Fonseca Silva, acredita que a mudança vai ser um sucesso. - Só é necessário que haja equilíbrio entre os investimentos em assistência e descarte de lixo - explica. Para o presidente da Associação Paraibana de Hospitais, Danilo Maciel, no entanto, a transferência de responsabilidades vai prejudicar o sistema de saúde. - Isso vai gerar um custo adicional que agrava ainda mais a situação atual, já crítica - acredita. Entre os motivos apresentados para a crise, Danilo destaca os baixos valores dos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos convênios particulares. - Não sabemos de onde vamos tirar dinheiro para bancar o descarte do lixo - diz. (Jornal da Paraíba, 14/11)