DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA É INEVITÁVEL
2003-11-11
O professor do curso de doutorado do Núcleo de Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará e pesquisador associado do Woods Hole Research Center, dos Estados Unidos, David Gibbs McGrath, diz em entrevista ser realista em relação ao desmatamento da floresta amazônica. A ocupação da Amazônia está ligada ao aumento da população e ao crescimento da economia brasileira. Na opinião do professor, criar reservas não é o caminho para a preservação. – Dentro do movimento ambientalista há uma idéia de que o que está cercado está protegido, mas isso é um engano, afirma o pesquisador. – O futuro da floresta depende do que acontecer do lado de fora das reservas, e não apenas dentro de seus limites, como pensam, completa. Em vez de pensar em reservas como fortalezas isoladas da devastação deve-se pensar como elemento central de uma estratégia de gestão da paisagem. Para conservar a biodiversidade, uma abordagem integrada, em que a prioridade não seja só a qualidade ambiental mas também a social e econômica será mais eficaz que uma abordagem baseada apenas em reservas. (Veja,13,14,12/11)