Os veículos que estão sendo convertidos para receberem o Gás Natural Veicular (GNV) como alternativa mais barata de combustível podem estar poluindo o ar muito mais do que se pensa. Alardeado como alternativa para os altos preços dos combustíveis convencionais, principalmente a gasolina, também é tido como o menos poluente para a atmosfera, pois, durante sua queima, não apresenta os mesmos níveis de poluição, isto é, emissão de gases. O engenheiro mecânico Diócles Dalávia afirma, entretanto, que qualquer combustível que não seja adaptado à tecnologia apropriada pode se tornar mais poluente, inclusive o GNV. Os veículos com injeção eletrônica (emissionados), por exemplo, necessitam uma conversão diferenciada dos carros carburados (com carburador). Há estudos no INMETRO e órgãos ambientais do Rio de Janeiro, onde se concentra a maior frota do país, que indicam que cerca de 90% dos veículos adaptados, não estão adequados a sua tecnologia correspondente. Segundo José Carlos Maio, diretor da Mercopeças de Porto Alegre, segunda empresa homologada pelo Detran a converter motores no Estado, a conversão em veículos injetados é diferenciada, pois é preciso a instalação de alguns equipamentos eletrônicos, o que encarece a conversão. O preço dos kits de instalação pode variar de R$ 1.800,00 a R$ 4.000,00, conforme o modelo ou tecnologia. Esse fator é apontado por Dalavia como principal motivo das oficinas instalarem o kit sem os cuidados necessários. Ao todo o Estado já soma 14 empresas conversoras de motor, sendo que oito delas estão localizadas na Capital.