BANCO VINCULA PROCEDIMENTOS ECOLÓGICOS A FINANCIAMENTOS
2003-11-04
O banco Real ABN Amro incluiu fatores de risco socioambientais na avaliação de suas operações de crédito. Resultado de uma parceria com a ONG Amigos da Terra, através do seu programa Eco-Finanças, o banco treinou entre agosto a fevereiro desse ano, 1600 funcionários de suas 850 agências em todo o país, já tendo atendido cerca de 1600 empresas. Conforme o gerente de riscos socioambientais do ABN, Cristopher Wells, além de condições para crédito, o banco oferece produtos como financiamento direto para aquisição de aquecedores solares e conversão para gás natural veicular, abrangendo também pessoas físicas. A capacitação dos seus funcionários foi feita em conjunto com os ambientalistas Mário Monzoni, atualmente na Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo e por Gládys Ribeiro, que viajaram por todo o país com o gerente de riscos ambientais do ABN. — Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia foram os estados nos quais a parceria deu melhores resultados, em especial no Sul, onde a Fepam facilitou muito o nosso trabalho, conta Well. O Rio Grande do Sul, seguido pela Bahia, segundo ele, é o estado com maior facilidade em obter informações sobre a situação ambiental das empresas. — Só temos que elogiar o trabalho da Fepam, elogia. O banco define também como de especial atenção aos riscos ambientais, indústrias de móveis (desmatamento, embalagens), tratamento de dejetos, construção civil (desmatamento/respeito às leis trabalhistas), defensivos (poluição das águas), agricultura (uso de produtos não aceitos/trabalho infantil e escravo e desmatamento), mineração (desmatamento/poluição da água), entre outros. — Para financiamento de projetos de longo prazo (três anos ou mais), o recomendamos alguns procedimentos como: obter o Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima), obter outras certificações ou autorizações pertinentes ao projeto, diz.