Ooleoduto de cerca de 600 quilômetros que a Petrobras planeja construir entre Quissamã, no Norte Fluminense, e Guararema, em São Paulo, atravessará o Rio Guandu, responsável pelo abastecimento de 80% da Região Metropolitana do Rio; a rodovia BR-101 Norte (Rio-Campos); bairros de Magé, Duque de Caxias e Japeri; e as reservas biológicas de Poço das Antas, em Silva Jardim, e Tinguá, em Nova Iguaçu. As informações constam do Estudo de Impacto Ambiental, do Relatório de Impacto de Meio Ambiente e da Análise de Risco (EIA-Rima-AR) encomendados pela Petrobras. O documento lista pelo menos 33 hipóteses de vazamento de petróleo. Entre os pontos citados, estão o terminal de Cabiúnas, em Macaé; os rios Macaé, São João, Macacu, Guapi-Açu e Guapimirim; os cruzamentos com a BR-101 (em Silva Jardim) e com a RJ-162 (que liga a BR-101 a Rio das Ostras) e um bairro de Magé. Não se sabe, porém, se há possibilidade de vazamento no Guandu, que também está no caminho do empreendimento. O oleoduto, formado por três dutos interligados, cortará 37 municípios: 19 no Estado do Rio e 18 em São Paulo. — A questão principal é que nós vamos mandar o petróleo para São Paulo e vamos ficar só com o risco — afirma o secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Paulo Conde. (O Globo, 03/11)