A burocracia está atrapalhando o desejo de uma organização não-governamental de transformar um prédio público abandonado há cerca de 10 anos em Porto Alegre em um modelo de casa ambientalmente sustentável. Enquanto a União não bate o martelo quanto à cedência do imóvel, a ONG Amigos da Terra corre o risco de perder o respaldo de doadores que já garantiram mais da metade da verba necessária para a restauração. A casa centenária, na Rua Olavo Bilac, bairro Cidade Baixa, abrigou até o início dos anos 70 a escola particular José Bonifácio. O prédio está em péssimo estado de conservação. Os fundos da casa, de alvenaria e madeira, estão podres. O forro ameaça desabar, e o piso está cedendo. Segundo vizinhos, invasores habitaram a casa por oito anos. A União despejou os invasores e tentou leiloar o imóvel, sem sucesso. Pelo projeto, a casa abrigaria um centro de documentação aberto a entidades ambientais da Capital. O prédio seria alimentado e aquecido por energia solar e teria cobertura verde, de vegetação. Com a demora, os ambientalistas temem perder o respaldo de apoiadores que já garantiram auxílio para a obra. O Banco Real oferece R$ 50 mil. Uma empresa pode doar painéis solares. (ZH/37)