Transformar vento em energia já não é novidade há alguns milhares de anos, mas foi preciso uma crise energética sem precedentes em 2001 para que o Brasil desse mais atenção aos benefícios de um recurso que, além de abundante, não se esgota nem polui. Graças ao Nordestão que atormenta a vida dos veranistas, o Rio Grande do Sul pode se tornar um dos principais pólos de geração de energia eólica do país. Não faltam interessados em viver de vento no Estado. Existem 22 projetos de construção de parques eólicos ao longo não apenas do Litoral, mas da Serra e da Fronteira. Muitos deles, porém, não conseguirão sair do papel tão cedo. O governo federal se comprometeu a comprar toda a energia gerada pelos ventos durante um período de 15 anos, mas, para cumprir a promessa, limitou a capacidade total de geração a 1,1 mil megawatts (1,2% da energia produzida no país por usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares). (ZH/Ambiente/6)