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2003-10-20
RESUMO: Estudos experimentais do sucesso de colonização de plantas lenhosas foram realizados em uma área abandonada na Floresta Nacional de São Francisco de Paula - RS (IBAMA). A área se encontrava dominada por plantas herbáceas e anteriormente havia sido ocupada por um plantio de Pinus elliotti que foi completamente removido, após ter sido cultivado por 20 anos. A influência da dispersão de sementes, da vegetação circundante e da fertilidade do solo sobre o sucesso de estabelecimento de plantas lenhosas foi investigada experimentalmente. Foram instalados dois experimentos fatoriais onde todas as combinações de tratamentos foram aplicadas aleatoriamente em blocos casualizados, replicados 10 vezes. O primeiro experimento, com três fatores: 1) vegetação herbácea circundante (presença e ausência); 2) fertilidade do solo (com e sem aplicação de NPK) e 3) poleiros para pássaros (presença e ausência); tem como objetivo testar a influência dos tratamentos utilizados sobre a riqueza e a abundância de plântulas lenhosas naturalmente estabelecidas. O segundo experimento, com 2 fatores: 1) vegetação herbácea circundante (presença e ausência); e 2) fertilidade do solo (com e sem aplicação de NPK); tem como objetivo testar a influência dos tratamentos utilizados sobre a predação de sementes e o estabelecimento de plântulas de quatro espécies arbóreas nativas, e sobre a sobrevivência e o crescimento de plântulas de Araucaria angustifolia e Inga virescens transplantadas nas parcelas experimentais. No primeiro experimento, 806 sementes chegaram na área de estudo, equivalendo a 10,75 sementes por m², e 91 plântulas se estabeleceram, equivalendo a 10,6% das sementes que chegaram no local. A abundância e a riqueza de sementes e plântulas estabelecidas foram significativamente maiores em locais com poleiros do que nos locais sem estas estruturas, indicando que a colocação de poleiros incentiva a chegada de sementes e favorece, assim, o estabelecimento de plântulas. A abundância e a riqueza de plântulas foram significativamente maiores em locais com vegetação do que em locais aonde a vegetação foi retirada, indicando que a vegetação facilita o estabelecimento de plântulas. Não houve influência da fertilidade do solo. No segundo experimento, cerca de 90% das sementes foram predadas e a remoção da vegetação pioneira existente no local aumentou significativamente a predação de sementes. O número de sementes germinadas e estabelecidas foi baixo em função da alta predação, porém a presença da vegetação aumentou tanto a germinação quanto o estabelecimento de algumas das espécies estudadas. A adição de nutrientes não teve influência sobre o estabelecimento de plântulas. O crescimento das plântulas transplantadas não foi influenciado por nenhum dos tratamentos utilizados. No entanto, 80,5% das plântulas de Araucaria angustifolia foram atacadas por formigas cortadeiras e 58,5% das plântulas de Inga virescens sofreram perda de folhas devido à ocorrência de geadas. A remoção da vegetação aumentou em 30% a mortalidade das mudas de I. virescens. Restrições na dispersão de sementes, predação de sementes e herbivoria são as principais barreiras para o estabelecimento de espécies arbóreas nesta área. A vegetação pioneira facilita o estabelecimento destas espécies através da melhora nas condições microclimáticas locais e da proteção das sementes dos predadores. Os nutrientes não mediaram o processo de facilitação. Medidas como a proteção de sementes dos predadores, o controle de formigas cortadeiras e o transplante de mudas maiores e mais robustas poderiam ser futuramente testadas como possíveis manipulações para acelerar o processo de restauração. Para futuras intervenções de manejo, a colocação de poleiros para atrair pássaros dispersores de sementes e a conservação da vegetação pioneira sem a adição de nutrientes seriam adequadas para acelerar a restauração da floresta local.
Instituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS).
Autor: Lessandra Zanini
Contato: Mestrado em Biologia (51) 591-1122.

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