ESTRATIGRAFIA DE SEQÜÊNCIAS E PROVENIÊNCIA DAS ROCHAS EOPERMIANAS DA
2003-10-15
RESUMO: O arcabouço cronoestratigráfico do intervalo correspondente às formações Rio Bonito e Palermo (Artinskiano-Kunguriano) que aflora na Região Centro-Oeste do Estado, analisado a partir dos pressupostos da Estratigrafia de Seqüências sensu Vail et al. (1977; 1987) e Van Wagoner et al. (1987; 1990) é constituído por quatro seqüências deposicionais de 3o ordem (2-3Ma), denominadas informalmente (da base para o topo) de A, B, C e D. Estas seqüências, como um todo, apresentam uma associação de fácies que caracterizam sistemas transicionais (trato de sistema de mar baixo ou de plataforma), que foram inundados por sistemas marinho rasos em decorrência de transgressões (trato de sistema transgressivo), até alcançarem uma certa estabilidade representada por sistemas marinhos mais distais (trato de sistema de mar alto). As quatro seqüências contêm discordâncias (do tipo 1 e 2) que podem ter tanto origem na glacio-eustasia quanto na tectônica local (ou ambas). As transgressões de 3o ordem provavelmente estão superpostas por um evento transgressivo maior (de 2o ordem), que ocasionou a progressiva inundação da região, até o recobrimento total do embasamento local, que se verificou na parte média da seqüência C. Este evento maior (de 2o ordem) foi possivelmente também o principal controlador das mais importantes camadas de carvão da região estudada. Estudos petrológicos e de difração de raios-X conduzidos em amostras de arenitos, conglomerados e pelitos permitiram estabelecer que a proveniência foi inicialmente local tornando-se posteriormente mais regionalizada, bem como, definir preliminarmente aspectos de suas respectivas evoluções diagenéticas.
Instituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS).
Autor: Andréia Regina Dias Elias.
Contato: Mestrado em Geologia (51) 591-1122.