MINISTRA FRANCESA DEFENDE ENERGIA ATOMICA COMO FONTE GERADORA
2003-10-13
Por Mariano Senna da Costa, de Berlim
A discussão sobre o já decidido fechamento gradual das usinas atômicas da Alemanha ganhou na quinta-feira (09) abrangência européia. Depois que autoridades estaduais, líderes sindicais e pesquisadores do próprio país se manifestaram contrários à política federal de abandonar a energia nuclear como fonte geradora, foi a vez de autoridades francesas criticarem a decisão. — A França não poderia renunciar às suas usinas atômicas. Energias renováveis produzidas pelo vento, sol ou água podem ser um complemento, mas não são alternativas, declarou a Ministra de Indústria da Franca, Nicole Fontaine. A ministra baseou sua declaração em um relatório parlamentar que servirá de fundamento para a política energética francesa nos próximos 30 anos. Ela
disse também que vai recomendar ao primeiro ministro de seu país, Jean-Pierre Raffarin, a construção de modernos reatores do tipo EPR. Esses equipamentos são resultado de um projeto conjunto entre as empresas Areva (Franca) e Siemens (Alemanha). — — Eles são até 10 vezes mais seguros e 10% mais eficientes que os reatores atuais, comparou a ministra. Cada reator
EPR custa cerca de três bilhões de Euros Atualmente a Franca possui 59 usinas atômicas, que respondem por 80% da
energia produzida no país. Pela política atual os franceses devem ter até 2010 um quinto da sua energia produzida por fontes renováveis.