GRANDES RESERVAS DA AMAZÔNIA AINDA NÃO ATRAEM INVESTIDORES
2003-10-13
Sem escoamento, gás de Urucu é quase todo reinjetado nos poços. As companhias de petróleo deixaram a Amazônia em paz, mesmo diante de reservas gigantes de gás e petróleo da melhor qualidade do País - como crêem seus habitantes e sabe a Petrobras. As atividades de exploração na região, com perfuração e implosão de poços, estão muito aquém do que arquitetou a Agência Nacional do Petróleo (ANP). E a produção na selva, longe de atingir seu potencial, parece conviver em harmonia com o meio ambiente. A Petrobras devolveu à ANP nove áreas inteiras de exploração na Amazônia, adquiridas em 1998, na Rodada Zero. Outros 7,6 mil km² foram devolvidos em agosto deste ano como parte não explorada do BA3, ficando a estatal com 117 km² do mesmo bloco, localizado na Bacia do Amazonas. Nenhuma petroleira privada ousou embrenhar-se nas bacias da Amazônia: das quatro áreas que somam cerca de 55 mil km² colocadas em leilão pela agência, apenas um bloco foi adquirido, pela Petrobras. O BT-SOL-1, localizado na Bacia do rio Solimões, foi arrematado pela empresa no ano passado, na Quarta Rodada de Licitações da ANP. Em fase de levantamentos sísmicos, a estatal tem até 2006 para decidir se manterá ou devolverá o bloco. (GM/A8)