Ontem (09), painelistas discutiram os usos múltiplos da água no Fórum Internacional das Águas. O primeiro a falar, Antônio Gonçalves Henriques, diretor geral de Relações Internacionais do Ministério das Cidades de Portugal, comentou a importância da realização de ações conjuntas com os outros países e estados, como é o caso de Portugal e Espanha, que trabalham juntos em favor dos seus recursos hídricos. O ministro ressaltou que já existe um tratado que prevê o aproveitamento sustentável das águas dos dois países, tentando controlar um dos maiores problemas destes países que são as secas e as precipitações. Jerson Kelma, da Agência Nacional das Águas (ANA), destacou a importância do tema. Segundo ele devemos seguir o exemplo dessas nações e gerenciar os problemas hídricos do Brasil de forma nacional. Kelma discorreu sobre a diferença entra água como necessidade e água como insumo do processo produtivo. — Esse recurso (a água) não será exportado como o petróleo. Não tem lógica, já que o produto final sempre será exportado, afirmou. Sobre o uso da água para o setor energético, foi categórico ao afirmar que o Brasil poderia passar a investir em energias alternativas, em especial, a eólica, em detrenimento das hidrelétricas. — Porém isso seria um grande prejuízo economicamente falando, admitiu ele ao terminou seu discurso alertando para o racionamento que começou ontem no Rio e em São Paulo.