PORTUGAL CONSIDERA IMPOSSÍVEL CUMPRIR PRAZO PARA REDE DE SANEAMENTO
2003-10-07
O secretário português de Estado do Ambiente, José Eduardo Martins, admitiu ontem (06), em Mirandela, ser impossível cumprir o prazo estipulado (o ano de 2006) para uma cobertura nacional da rede de água e saneamento. — Não é possível cumprir os objetivos até o ano de 2006, disse o secretário de Estado, justificando as previsões com dificuldades no acesso a verbas européias e num erro de cálculo dos custos de investimento. Segundo o responsável, o anterior Governo estimou um custo entre 800 a 900 milhões de contos (mais de quatro mil milhões de euros), mas será necessário o dobro deste investimento (oito mil milhões de euros) para cumprir o plano estratégico de abastecimento de água, saneamento e tratamento dos resíduos sólidos. Segundo José Eduardo Martins, o incumprimento das metas definidas prende-se com um contencioso com Bruxelas que atrasou em meio ano o acesso às verbas do Fundo de Coesão, devido a atos praticados pelo anterior Governo, nomeadamente no que se refere ao modelo empresarial adotado para executar a estratégia. Ultrapassado o contencioso, o secretário de Estado disse que o Ministério do Ambiente se deparou com outro problema, relacionado com o fato do Fundo de Coesão assegurar apenas 25 por cento do investimento necessário para a execução do plano. (Ecosfera, 06/10)