FIBRA DE PLANTA AMAZÔNICA REVESTE CARROS
2003-10-03
Quando os dirigentes da Pematec-Triangel, uma indústria de componentes automobilísticos instalada em São Bernardo do Campo (SP), estiveram há alguns anos na Alemanha em busca de informações sobre uma fibra natural que pudesse ser utilizada em sua linha de produção, jamais imaginavam que os alemães pudessem indicar uma planta da Amazônia, até então utilizada apenas de forma artesanal pelos índios e caboclos ribeirinhos do interior do Pará. Da mesma família do abacaxi, o curauá, que produz uma fibra utilizada na fabricação de tecidos, papel e artefatos para a indústria automobilística, vai ganhar até o início do próximo ano a sua primeira unidade industrial de processamento. Trata-se de uma fibra com resistência mecânica, leveza, ausência de odor, suavidade ao toque, facilidade na composição com outras fibras e vasta gama de utilização na indústria automobilística. Os contêineres com os equipamentos importados da Alemanha já estão no porto de Belém e seguem nos próximos dias para Santarém, no oeste do Estado, onde será instalada a unidade industrial. O chamado Projeto Curauá é um investimento de R$ 47 milhões que envolve, além dos recursos da própria empresa, financiamentos do Banco da Amazônia (Basa), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do governo do Pará, que também está concedendo incentivos fiscais. (GM/A14)