BIOPIRATARIA E DESMATAMENTO FICAM IMPUNES
2003-10-03
No dia em que mais uma serraria criminosa foi lacrada por ferir a Lei Ambiental, em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, as atenções também voltaram-se para a multidisciplinar Semana do Biólogo, evento iniciado na segunda-feira e que se estende até amanhã, no auditório da Faculdade de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Autoridades policiais, ambientais e da área do Direito Ecológico concluíram que, por falta de aparelhamento dos órgãos competentes, a região do cacau está virando pó-de-serra e os estrangeiros continuam patenteando substâncias sintetizadas a partir de plantas e animais brasileiros sem pagar royalties. Não é a primeira vez que a chamada biopirataria se processa. Remonta há séculos as atividades de exploradores e pesquisadores que levaram mudas e sementes da Bahia e do Brasil para alimentar o lucro de países desenvolvidos. (A Tarde, 02/10)