LEI PARA CONTROLE DE PRODUTOS QUÍMICOS AINDA PROVOCA POLÊMICA NA EUROPA
2003-10-01
No próximo dia 29 de outubro deve ficar pronto o rascunho do decreto que regula a política de produtos químicos na União Européia. Mas a discussão entre os políticos europeus e os técnicos encarregados de formular a proposta esta longe do fim. — Uma crise econômica não pode ser motivo para que a agenda política suplante a ação ambiental da União, reclama a comissária de meio ambiente da União Européia, Margot Wallström. Ela acusa os lideres dos três principais paises do bloco (Alemanha, Franca e Inglaterra) de defenderem uma proposta da lei que beneficia as grandes companhias em detrimento da segurança do meio ambiente e da saúde humana. A discussão está centrada na definição dos procedimentos de controle e segurança para produtos e rejeitos químicos do setor industrial. — As substancias químicas continuam aparecendo onde não deveriam, diz Margot. Entre as propostas polêmicas está o teste sistemático dos rejeitos químicos e um abrangente procedimento de registro e controle desses produtos. As empresas advertem que se esses pontos forem aprovados haverá um aumento brutal dos custos e possível redução de postos de trabalho. Os técnicos encarregados da proposta rebatem os argumentos das empresas. — Propomos que as industrias com menos de 10 toneladas de rejeitos por ano utilizem uma folha simplificada de segurança, explica Margot, que aproveita a polêmica para reclamar da falta de cooperação e até boicote das grandes companhias ao projeto.— O que eles querem é uma lei com visão limitada sobre o problema.