LUTA PARA REVITALIZAR O RIO SÃO FRANCISCO
2003-09-23
O desvio de cerca de sete quilômetros feito pela Companhia Industrial e Agrícola do Oeste de Minas (Ciaom) no leito do rio São Francisco, conforme denúncia publicada no dia 21 no Correio Braziliense e no Estado de Minas, soma-se a uma série de danos ambientais que vêm atingindo a bacia ao longo dos anos. Prejuízos que demonstram que, antes de discutir a transposição, o governo deve cuidar da revitalização do Velho Chico, segundo avaliação do procurador Jarbas Soares Júnior, coordenador interestadual das promotorias do Rio São Francisco. Soares Júnior, que além de procurador é também presidente da Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), ressalta que as obras de transposição do São Francisco devem ser executadas junto com um trabalho de revitalização. Do contrário, haverá um momento em que o rio não terá mais água para ser levada ao sertão nordestino, a meta do megaprojeto. (Correio Brazilienese, 22/09)