SATÉLITE MOSTRA PRODUÇÃO DE ANTIMATÉRIA EM EXPLOSÃO SOLAR
2003-09-18
Quando cientistas querem estudar a antimatéria na Terra, eles têm de acelerar partículas a altas velocidades e agregá-las para criar pequenas quantidades de antimatéria. Solar flares, (“chamas solares”), explosões brilhantes entre as mais poderosas no sistema solar, são muito mais eficazes na produção de antimatéria. Os resultados do mais detalhado estudo sobre o fenômeno, que serão publicados dia 1o de outubro, na Astrophysical Journal Letters, indicam que cada explosão pode criar até 450 gramas de antimatéria. Além disso, o material comporta-se diferentemente do esperado. Robert Lin, da University of California, em Berkeley, e colegas, utilizaram um satélite da Nasa chamado Rhessi para estudar uma explosão solar em julho de 2002. — Estamos tirando fotos de chamas de uma cor completamente nova, invisível ao olho humano. Esperamos surpresas e o Rhessi já nos proporcionou algumas, conta Lin. O satélite analisou os raios gama emitidos quando a antimatéria destrói partículas de matéria comum na atmosfera solar. A teoria indica que as solar flares geram antimatéria em regiões densas da atmosfera do Sol, pois o maior número de partículas aumenta o número de colisões a alta velocidade capazes de produzir antimatéria. (Scientific American, 17/09)