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2003-09-15
RESUMO: A Mina Uruguai (UM) e Jazida Santa Maria (JSM) constituem mineralizações sulfetadas de Cu-Pb-Zn hospedadas em rochas sedimentares clásticas do tipo arenitos e conglomerados. Ambos jazimentos encontram-se inseridos na Bacia do Camaquã, a qual está vinculada a um sistema de bacias tardi a pós-tectônicas geradas durante as fases finais do Ciclo Orogênico Brasiliano. A MU é representada por mineralizações filoneanas de Cu (com Au subordinado), e a JSM é representada por mineralizações disseminadas de Pb-Zn (com Cu e Ag subordinado). A petrografia realizada em amostras da MU e da JSM nos revela que os eventos ocorridos na formação das rochas sedimentares após a deposição dos sedimentos foram: a) processos diagenéticos: oxidação formando hematita ao redor dos clastos; infiltração mecânica de argilas; cimentação overgrowth de quartzo e feldspato; geração de porosidade secundária; b) processos de alteração; alteração clorítica; alteração sericítica/caolinização; geração de porosidade; alteração carbonática; oxidação produzindo anatásio; geração de porosidade/condições de formação de veios; formação de pirita, seguida por calcopirita, bornita, esfalerita, galena e especularita, sendo que quando estão em veios os minerais de minério podem estar acompanhados de carbonatos e quartzo euédrico; alteração silicosa; fases finais da mineralização: barita, anidrita e carbono; enriquecimento supergênico produzindo: digenita, covelita, calcosina, wittichenita, malaquita, Ag nativa? e limonita. A partir do estudo de química mineral, determinou-se que as cloritas presentes em ambos jazimentos correspondem a chamositas sendo que subordinadamente tem-se clinocloro, e os carbonatos correspondem a calcitas (subordinadamente ankerita e siderita na JSM). O estudo dos fulfetos mostram que estes apresentam Sr, Co, Ni, Au, Ag como elementos traços, e que as razões Co/Ni nas piritas e calcopiritas relacionam as mesmas com depósitos minerais do tipo sulfetos maciços. As hematitas são semelhantes quimicamente em ambos jazimentos, sendo que as martitas tendem a concentrar elementos traços como V, Ti, S (herdados dos óxidos primários), e as especularitas (de alteração hidrotermal) tendem a concentrar ouro (aportado hidrotermalmente). Os resultados geotermométricos obtidos através de estudos de química mineral de cloritas, e inclusões fluidas em carbonato, quartzo e esfalerita, revelam uma evolução decrescente da temperatura de formação de ambos jazimentos. Assim para a JSM a alteração clorítica iniciou-se a uma temperatura média de 300ºC, onde posteriormente teve-se a precipitação da mineralização disseminada (principalmente galena e esfalerita) com moda entre 200-220ºC; e para a MU a alteração clorítica iniciou-se a uma temperatura média de 312ºC, com a posterior precipitação da mineralização em veios (principalmente calcopirita e bornita) em torno dos 300ºC, com modas secundárias de 230ºC e 130ºC. As baritas representam as fases finais mineralizantes, e foram formadas a temperaturas entre 20ºC e 80ºC. A partir do estudo de inclusões fluidas obteve-se que as salinidades encontradas para ambos jazimentos são semelhantes (entre 1 e 19,2% para a MU e 2,3 e 17,7% para a JSM; % eq. em peso de NaCl), bem como seu comportamento bimodal (uma população com salinidades entre 1 e 6% e outra entre 10 e 20%), podendo representar mistura de fluidos ou boiling. O controle tectônico na formação da mineralização da MU foi o predominante (mineralização em veios), e o controle litológico na JSM, que permitiram condições favoráveis de permo-porosidade (mineralização disseminada). Considerando os resultados petrográficos, mineralógicos e geotermométricos obtidos, e considerando que a MU e JSM encontram-se a 3 Km de distância uma da outra e no mesmo nível estratigráfico, postula-se que a MU formou-se primeiramente e em condições temperatura levemente mais altas que a SJM, evoluindo de condições meso e epitermais. Assim sendo, a mineralização filoneana da MU corresponderia as partes mais profundas – raízes de um sistema epitermal, e a mineralização disseminada na JSM corresponderia as partes mais superiores e distais deste sistema.
Instituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS).
Autor: Larissa de Lima.
Contato: Centro de Ciências da Geologia (51) 591-1122.

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