FIBRAS ALTERNATIVAS GANHAM ESPAÇO
2003-09-08
Até pouco tempo atrás restritas ao campo da pesquisa, as fibras alternativas já conquistam uma participação ponderável como matéria-prima na indústria de papel e celulose. O bambu, por exemplo, já responde por cerca de 2% da celulose produzida no Brasil, e é utilizado pelas empresas Itapagé e Portela, ambas do Grupo João Santos. Os principais papéis gerados a partir dessa pasta são o kraft de baixa gramatura e o papel cartão duplex. As duas fábricas produzem cerca de 150 mil toneladas de celulose por ano. Outras indústrias utilizam sobras agrícolas para compensar a escassez de insumos. A Artivinco, por exemplo, mistura cerca de 30% de bagaço de cana às aparas de papel, para produzir papelão. Enquanto a tonelada do bagaço fica em torno de R$ 30, a das aparas, que são geralmente escassas, pode atingir R$ 400. Com isso, o custo com matéria-prima é reduzido em até 22,5%, embora seja necessário certo cuidado na compactação e prensagem da cana, que apresenta alto risco de combustão. Já a Lwarcel produz celulose a partir do sisal e do abacá, uma planta semelhante à bananeira, vinda do Equador. Toda produção é exportada.(CeluloseOnline, 05/09)