ESTUDO INDICA QUE MERCÚRIO EM PEIXES PODE SER MENOS TÓXICO
2003-09-05
Os peixes podem absorver toxinas do ambiente e acumulá-las a níveis perigosos em um processo conhecido como bioacumulação. Diversas autoridades aconselham as pessoas – particularmente gestantes e crianças – a restringir o consumo de certas espécies a fim de limitar sua exposição ao mercúrio, que está associado a danos neurológicos e maior risco de enfartes. Agora, um estudo publicado na revista Science indica que o tipo de mercúrio presente no peixe-espada e no atum pode não ser tão prejudicial quanto se imaginava. Graham N. George, que atualmente trabalha na University of Saskatchewan, Canadá, e sua equipe, compraram amostras de peixe fresco em um mercado da Califórnia. Utilizando espectrometria de absorção de raios X, os cientistas analisaram quais átomos estão ligados ao mercúrio encontrado no tecido muscular. Eles verificaram que, na maioria das vezes, o metal estava ligado a um átomo de carbono de um lado e um de enxofre do outro. Nessa forma, conhecida como cisteína de metilmercúrio, o metal apresenta um risco menor de cruzar as membranas celulares que quando está presente na forma de cloreto de metilmercúrio, modelo geralmente usado para determinar seus potenciais efeitos tóxicos. ( Scientific American, 04/09)