PROJETOS DE HIDRELÉTRICAS NO RIO URUGUAI SERÃO MONITORADOS POR ONGS
2003-09-05
Representantes da Coalizão Rivos, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Núcleo Amigos da Terra (Nat), da Cooperativa de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral), da Red Socioambiental de Entre Ríos, do Foro Ecologista de Paraná e da Cuña Piru, Argentina, consolidaram, no último dia 30, a formação da Rede em Defesa do Rio Uruguai e seus povos, em Aristóbulo del Valle, Argentina. — A rede foi articulada, em junho de 2003, com o objetivo de sistematizar informações sobre a Bacia do Rio Uruguai, que abrange Brasil, Argentina e Uruguai, para definir estratégias contra a construção das mais de 20 hidrelétricas previstas e, principalmente, difundir experiências de geração e gestão de energia sustentável, tendo como exemplo o trabalho desenvolvido pela Creral no Rio Grande do Sul, explica Elisangela Paim, do Nat. Durante o encontro, os participantes decidiram elaborar um mapa completo de todos os empreendimentos hidrelétricos previstos para Bacia do Rio Uruguai, assim como acompanhar o andamento destes projetos, detalhar seus impactos sociambientais e propor alternativas sustentáveis para a região. Este material será utilizado na mobilização dos povos da bacia frente a projetos específicos que ameacem suas terras, suas culturas e seu ambiente natural.