PROFESSOR CRITICA GRANDES MONOCULTURAS NO MATO GROSSO
2003-09-02
A expansão cada vez maior de grandes monoculturas nos espaços agrários de Mato Grosso, um dos aspectos que definem perfeitamente o consagrado modelo de desenvolvimento do Estado, pode deixar heranças nada animadoras para o futuro. Algumas vezes relegado a segundo plano, o debate que historicamente opõe questão ambiental/progresso voltou à tona esta semana nas palavras do professor Paulo Affonso Leme Machado, a maior referência do Direito Ambiental no Brasil. Titular da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), Machado é presidente da Sociedade Brasileira de Direito do Meio Ambiente e autor do livro Direito Ambiental Brasileiro. Para simbolizar bem sua preocupação com modelos semelhantes ao de Mato Grosso, o professor tece críticas ao que chama de volúpia do ganho. Segundo ele, não que o ambientalismo seja contra pecuária ou a agricultura, mas certas vezes o imediatismo e a ânsia de se produzir cada vez mais podem ser prejudiciais. Ele ainda diz que a falta de diversidade no aproveitamento das terras para a produção agrícola provoca efeitos nefastos se levados às ultimas conseqüências. (Diário de Cuiabá, 01/09)